domingo, 5 de abril de 2009

O contributo de Aristides de Sousa Mendes para a Defesa dos Direitos Humanos



Decorreu no passado dia 17 de Março a segunda Actividade Integradora do Curos EFA NS – Técnicas de Acção Educativa, subordinado ao tema “Direitos Humanos” com a presença de Luís Fidalgo, da Fundação Aristides de Sousa Mendes.
Este encontro/debate iniciou com uma visualização de um pequeno documentário histórico para enquadramento da vida e obra de Aristides de Sousa Mendes, bem como as circunstâncias que rodearam a sua vida profissional e pessoal.
O Dr. Luís Fidalgo principiou a sua intervenção aludindo ao carácter altruísta e humanitário de Aristides de Sousa Mendes, que de livre e espontânea vontade e consciente dos riscos que corria, pessoais e familiares, não hesitou em salvar da morte milhares de pessoas. Referiu os actos concretos da sua actuação, nomeadamente como cônsul em Bordéus durante a Segunda Guerra Mundial.
Foi também abordada a criação da Fundação Aristides de Sousa Mendes, intimamente ligada à Casa do Passal. A Fundação tem participado em diversas iniciativas e colaborado com entidades como escolas, universidades e meios de comunicação. A Casa, classificada como Monumento Nacional, actualmente perpetua o abandono a que foi votada a memória de Aristides. Apesar de há já algum tempo haver alguns projectos, avanços e recuos, ainda não foi possível gerar um consenso acerca da sua reabilitação.
Durante muitos anos Aristides foi ignorado pelo País. Castigado pelo regime fascista, foram preciso sessenta anos para que justiça fosse feita, para que Aristides de Sousa Mendes encontre o seu lugar de herói na HISTORIA dos povos.
Que dizer deste HOMEM que, segundo o historiador Yehuda Bauer, perito da História do Holocausto, sozinho, contra tudo e contra todos, realizou a maior operação de salvamento da História do Holocausto?
O homem, a sua memória e o seu legado, representam tudo o que a sociedade projecta como sendo o ideal humano, na defesa intransigente dos direitos, garantias e liberdades. Nos valores intrínsecos, vincadamente solidários. No respeito, tolerância e abnegação pelo próximo.
Esta foi uma actividade muito interessante e participativa por parte dos formandos com questões e comentários, que fez que com a partilha de ideias se revelasse uma maior sensibilização para a causa dos Direitos Humanos.
Só assim é possível tornar realidade a construção de um mundo melhor e de uma sociedade mais justa e solidária.

"Recordar é importante para prevenir o futuro".
Notícia elaborada pelo grupo, na área de CulturaLingua e Comunicação, em conjunto com o Formador Fernando Silvério

1 comentário:

  1. Boa tarde,
    pelo que li deve ter sido um bom trabalho, não conheço muito a vida de Aristides Sousa Mendes, mas parece ter sido um heroi para muitas pessoas.

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