segunda-feira, 4 de maio de 2009

"À conversa com Carlos Vieira" - Reflexão

O Tema de Vida «À conversa com o Sr. Carlos Vieira »
Na conversa com o Sr. Carlos Vieira, começamos por conhece-lo melhor. É um senhor que luta pelos Direitos Humanos e por causas de pessoas mais desfavorecidas e discriminadas. Faz parte da Associação «Olho Vivo».
Alguns dos temas que mais me chamaram a atenção foram: a luta que a Associação trava, por causas da discriminação que sofrem os imigrantes, principalmente os imigrantes de leste. Concordo com a opinião dele, porque todos nós como seres Humanos temos o direito de sermos respeitados, independentemente da raça, cor, religião ou da nossa nacionalidade. Como portuguesa que sou, também gostaria de ser respeitada e apoiada, na eventualidade de me deslocar para outro país.
Em relação à violência doméstica, principalmente sobre as mulheres, considero louvável a posição dele. Penso que se existissem mais pessoas a realizar estas actividades, provavelmente existiriam menos mulheres a sofrer tamanhas barbaridade. Infelizmente se não existissem estes apoios, as pessoas que sofrem de violência, seja ela qual for, não poderiam contar com mais ninguém. Porque infelizmente os agentes da autoridade, só agem quando o pior já aconteceu. Não podem contar com a protecção deles, muitas das vezes são aconselhadas a irem para casa ou então dirigirem-se a instituições dirigidas a estas situações. Na maioria dos casos as autoridades só actuam quando já existem vitimas mortais.
Uma novidade que me deixou triste e preocupada, são as estatísticas que nos informam, que houve um aumento de casos de violência doméstica entre namorados.
Em relação aos Homossexuais, penso que é nosso dever respeitar todas as pessoas, independentemente das suas escolhas e preferências sexuais. Concordo com o casamento entre homossexuais. Tenho algumas reticências sobre a adopção. Penso que as crianças poderão estar sujeitas a críticas, descriminadas ou apontadas, por sem filhos de pais homossexuais. Embora que como pais, estas pessoas não serão mais promíscuos com as crianças do que um dito casal normal.
Na minha opinião, a despenalização do Aborto foi a decisão mais acertada. Penso que quando uma mulher não quer mesmo aquele filho, ninguém a deve impedir de interromper a gravidez. Mais tarde ou mais cedo esta irá «livrar-se» dessa criança, mas das piores maneiras. Evidente que tem que o fazer dentro do prazo estabelecido pela Lei.
Em relação à exclusão social, penso que o Sr. Vieira tem razão, o estado atribui as culpas para a crise, em que se encontra o nosso país. Pergunto: «o que é que faz o Governo e a nossa Sociedade, para mudar a situação?»
Penso que nada é feito, estão todos à espera que sejam este tipo de instituições, a ajudarem e a darem o devido apoio.
Quanto às pessoas que estão a receber o Rendimento de Reinserção Social, penso que está correcto. Só que deveria haver uma fiscalização mais apertada, porque há pessoas que realmente precisam mas há outras que vivem à custa de todos nós. Têm bom corpo e saúde para trabalharem e fazerem pela vida.
Outro assunto muito debatido foi se há ou não discriminação com a Étnica Cigana. Neste aspecto não concordo com o Sr. Carlos, pois penso que são eles os não interessados em viver na nossa comunidade. É um direito deles.
Penso que a questão levantada sobre a eutanásia, é um tema muito pessoal. Na minha opinião tem lógica e sou a favor. Ao contrário de outras opiniões, não acho justo que as pessoas que mais gostamos sofrerem com o nosso sofrimento. Infelizmente conheço um caso muito pessoal em que tive de tomar a decisão: ou continuava a assistir ao seu sofrimento ou pediria que acabassem com este. Era alguém de quem eu gostava demais para o ver sofrer daquela maneira. Quis acabar com o sofrimento dele não do meu. Se fosse eu que estivesse no seu lugar, tenho a certeza que faria o mesmo.


Carla Lucas

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